Está claro para o mercado que a forma de fazer negócio se alterou. Um exemplo desse movimento é que os investimentos em Venture Capital, que apostam nas startups, já movimentaram R$ 7,7 bilhões no Brasil.

O novo modelo de gestão adotado pelas empresas é mais rápido, menos burocrático e já nasce digital. As decisões, que antes eram tomadas apenas com base no feeling e conhecimento dos gestores, passaram a ser mais assertivas e a considerar maior número de variáveis.

Mas como migrar de um modelo tradicional de gestão para um que se adeque a nova realidade do mercado? Uma forma é adotar uma estratégia de dados e inteligência para o seu negócio pautada em três pilares: definição de objetivos; estabelecimento de nova cultura e estruturação de dados.

  • Defina um objetivo

Por mais que o benefício de estabelecer controles seja alto, também há um alto custo envolvido. Burocratização, investimento em ferramentas e equipes dedicadas são, por vezes, atribuídos a esse processo. Por isso, antes de estruturar grandes bancos de dados, é importante entender a estratégia por trás deles:

de que forma essas informações vão auxiliar o negócio?
quais são os maiores problemas ou oportunidades da empresa hoje?

Essas respostas definidas já são um importante passo para uma execução mais assertiva.

  • Estabeleça uma cultura baseada em dados

Uma pesquisa realizada pela Aquarela Advanced Analytics mostra que o principal entrave para as empresas evoluírem no uso de dados é a cultura e a capacitação da equipe, responsáveis por 38% dos problemas apontados.

Logo, mesmo que a empresa não invista em grandes softwares e bancos de dados, a capacitação e o apoio da liderança são fundamentais para iniciar essa mudança. Ou seja, os colaboradores devem estar tecnicamente treinados para produzir informações e a liderança deve estar pronta para usá-las nas decisões do negócio.

  • Estruture seus bancos de dados

Uma vez que a cultura e a equipe estejam preparadas é necessário estruturar os dados. Nesse ponto, há uma grande diferença entre empresas que já nasceram com negócios digitais e empresas tradicionais.

Empresas digitais coletam dados com facilidade, já que normalmente sua base de clientes já é online e os dados são o centro de seus negócios. Já as empresas que atuam em mercados tradicionais e majoritariamente offline tendem a achar que a coleta de dados é muito trabalhosa e que o excesso de controles, ao invés de agregar valor, burocratiza os processos.

Nesse ponto é necessário investir na automatização da coleta de dados, minimizando controles manuais, e focar em gerar dados voltados à estratégia definida.

  • Portanto, colocar os dados como centro das estratégias empresariais é fundamental para competitividade das empresas tradicionais no mercado. Com investimento assertivo, controles nos principais processos e uma equipe capacitada, o uso de dados pode potencializar os resultados das empresas e torná-las mais competitivas no contexto da nova economia.

Por Ana Paula Vilela, Consultora de Gestão